Vamos refletir sobre a convivência em condomínio.

 



Vamos refletir sobre a convivência em condomínio.


No último final de semana (05/07/2025), houve uma FESTA JULINA no condomínio vizinho. Alguns moradores se incomodaram com o som alto e com o movimento gerado pelo evento.

É compreensível que, às vezes, fiquemos incomodados com barulhos externos. No entanto, é importante lembrar que o nosso condomínio também produz ruídos — muitas vezes até fora do horário permitido. A intolerância tem se tornado uma constante, e há quem reclame de tudo, apontando dedos e culpando sempre os outros.

Escolhemos viver em um condomínio, um espaço coletivo onde convivem pessoas com diferentes opiniões, estilos de vida, gostos e rotinas. Essa diversidade é natural e saudável. Mas, para que a convivência seja harmoniosa, é fundamental praticar o respeito e a empatia com os vizinhos — sejam eles daqui ou do condomínio ao lado.

Entendo que muitos trabalham e chegam cansados, mas descarregar frustrações nos outros não é o caminho. Nos últimos tempos, temos recebido reclamações praticamente todos os finais de semana.

Alguns reclamam de crianças, outros dos pets, dos idosos, da risada alta de um morador, do salto da vizinha de cima ou até de alguém que pisou na grama. Recentemente, houve reclamação porque uma família pegou uma cadeira do hall para que uma idosa pudesse se sentar durante um churrasco. A cadeira foi devolvida logo depois. Qual é o problema nisso?

É preocupante ver tanto amargor, tanta intolerância. Vivemos lado a lado, somos vizinhos. Precisamos cultivar mais amor, compreensão e respeito.

Vamos exercitar a empatia. Aceitar as diferenças não nos torna fracos, mas mais humanos. Todos nós, em algum momento, fazemos barulho. Ninguém está imune.

Apontar o dedo e reclamar o tempo todo não faz ninguém melhor do que os outros. Aqui no condomínio, todos têm os mesmos direitos, deveres e responsabilidades. 

Precisamos repensar como estamos nos tratando. Vamos ser mais cordiais, amigos e solícitos. Que tal oferecer ajuda ao invés de uma crítica? A vida é uma gangorra: todos enfrentamos momentos bons e ruins, sem exceção.

Alguns moradores sequer conseguem dar um simples “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”. Estão sempre com a expressão fechada, bloqueando qualquer possibilidade de interação. Em certos casos, chegam a ser claramente antipáticos. Pior ainda: há quem destrate os funcionários, grite, ofenda ou os culpe por situações que, na maioria das vezes, fogem completamente da responsabilidade deles.

Antes de reclamar, por que não perguntar? Sugerir? Oferecer ajuda? Procurar entender o que está acontecendo antes de julgar, culpar ou insultar? Ter uma postura colaborativa constrói um ambiente muito mais leve e saudável.

Se você tem dúvida sobre algo, pergunte. Ambientes marcados por fofocas e informações desencontradas só prosperam porque damos espaço para pessoas mal-intencionadas espalharem suas versões distorcidas. Toda informação séria vem acompanhada de prova, documentos ou evidências. Se alguém não apresenta esses elementos, então o que está sendo dito é apenas opinião — e, muitas vezes, maldosa.

Não gostar de alguém é natural. Todos nós temos afinidades e também antipatias. Mas a base de qualquer convivência saudável é o respeito. Desrespeitar, destratar ou acusar alguém sem nenhuma base ou comprovação não é apenas inaceitável — é injusto.

Alguns moradores têm usado o grupo do WhatsApp de maneira maldosa, fazendo acusações, expondo pessoas e até imputando crimes de forma covarde. Curiosamente, essas mesmas pessoas (moradores) raramente se dispõem a ajudar ou contribuir com algo positivo. Limitam-se a criticar e atacar com mensagens vazias — e, quando são respondidas, alegam que foram expostas ou vítimas de injustiça.

É importante lembrar: todo mundo tem o direito de se defender quando é acusado de algo. Portanto, se você não quer ser respondido, não acuse. E, principalmente, evite citar nomes de terceiros em grupos de WhatsApp — isso é uma questão de respeito e responsabilidade.

Grupos de comunicação devem servir para informar, colaborar e construir, não para difamar ou alimentar conflitos.

Espero sinceramente que todos possamos refletir sobre isso. Reclamar com razão, diante de um excesso real, é válido — e nesses casos, é justo acionar as regras do nosso regulamento interno e convenção. Mas reclamar por qualquer motivo, sem empatia, apenas fragiliza nossa convivência.

Vamos viver com mais leveza e respeito. Todos saem ganhando.


Postar um comentário

0 Comentários